segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

As Constituição Portuguesa foi redigida contra a ditadura ou executada a "gosto" de alguém...?

A Constituição Portuguesa, salvo o devido respeito, é uma arquitetura constitucional, na qual “o núcleo duro” é o comando político da maioria instalada na AR em determinado momento da vida política de um País, partindo do princípio de que “alguns” serão eternos, e que sem o seu beneplácito nada será possível alterar – é verdade que os outros podem seguir o mesmo princípio constitucional, mas, atenção, quando isso acontece, o sino toca a rebate e eles estão na rua, à chuva, ao frio, ao vento, ou mesmo clamando por “revolta”, não desprezando a “guerra civil” para resolver a contenda ideológica – pensar em 2/3 dos deputados para alterar constitucionalmente o que quer que seja, é uma impossibilidade fatídica, pois quem redigiu a Lei, ao tempo, sabia ao que ia…a Lei está afogada em “lacunas providenciais”,em ilusórios benefícios materiais e armadilhada até aos confins do inferno…e o povo está a leste...

Os hipócritas e ao contrario do que afirmam estar a fazer em nome do seu “Polvo” e não em nome do “Povo”, o que querem mesmo é defender os seu únicos e exclusivos privilégios, que infelizmente são muitos… o Povo Português, nesta “teia reacionária e esclavagista” pouco ou nada pode fazer e isso porque não sabe como dirigir o voto e mais, não sabe como alterar a metodologia constitucional elaborada pelos princípios acima descritos …o povo só pode fazer o que está na Lei e isso é determinante para o voto do povo, que não passa dum “testa de ferro” em termos constitucionais… ou será que pode? …para se perceber o contexto do cenário de falsidade em palco, basta referir que quem mais fala da crise não é o povo, que labuta dia a dia para sobreviver, são “os bem instalados” e aqueles a quem a crise não aquece nem arrefece…os médicos tratam do trabalho no consultório, no privado e no público, os Juristas tratam dos privilégios e das rendas de casa, a Educação privilegia a quantidade, e outros tratarão de defesa dos estatutos patronais - o Povo, esse pobre miserável, trata das batatas, das cebolas e dos alhos para alimentar esta gente toda...claro que uma batata valerá sempre menos do que uma receita, um estatuto, ou uma aula sobre inconstitucionalidade, mas sem vegetais no mercado, o mundo, mesmo sem dentistas e outros profissionais académicos, não teria chegado onde estamos hoje...

Segundo a Constituição Portuguesa o Presidente da República, só pode deslocar-se ao estrangeiro, neste caso à África do Sul para o enterro do Mandela, se a Assembleia da República votar a favor…claro que neste caso hipocritamente todos votam a favor, quando alguns no seu intimo, mais chegado, pensarão que se perde uma oportunidade para “calar os tipos” que pertencem à mesma ceita de ladrões – é verdade que alguns deles são mesmo…mas a razão desta subserviência constitucional, baseia-se no princípio de que o Presidente da República eleito por sufrágio Universal é no fundo “Uma Marioneta Feia” que em vez de democracia está enrolado em preceitos ideológicos de baixa índole e amarrado em princípios hediondos e de controle pidesco… um dos considerados baluartes da democracia portuguesa, o Presidente da República, não tem vontade política própria, só pode fazer o que a maioria determinar e porquê? Porque um dos baluartes escondido atrás da redação constitucional que detinha na altura uma “maioria de ocasião”, previu em abstrato e “a la longue” que a “maioria” nunca confiará naquele que o POVO, em eleições livres, elege em VOTO LIVRE E UNIVERSAL…este deveria ser o caso em que o Presidente ( quem fosse) determinaria quem poderia fazer o quê e não o contrário como bem se percebe…a “bomba atómica" do Presidente como alguns clamam alto, para “lavar” a fraqueza do Presidente, não passa dum desabafo intestinal…o atual Presidente da Republica é um “peixote” que serve para a coreografia pensada a montante e pouco mais do que isso…

O Povo para se defender deste garrote político só pode Exigir que se faça um Referendo à Constituição e por esse caminho teremos transparência naquilo que o POVO quer ou não quer para a sua Lei Fundamental…a Constituição…uma coisa é certa, na Constituição a rever, terá de existir um artigo para a infalibilidade das promessas e a prisão efetiva para quem desrespeitar tal princípio Constitucional - obviamente o Presidente da República enredado num regime semi-presidencial terá de ter oportunidade inequívoca para mandar mesmo...


No caso do Povo exigir através de assinaturas a revisão Constitucional, e desconhecendo se nas entrelinhas da Constituição se existe algum entrave escondido ao referendo Constitucional, os que se reclamam de “supra sumos da matemática geométrica” que vivem no limbo e para o limbo, democratas falsos, hipócritas, mentirosos, prepotentes, gaseados pelo “cheiro” do poder e patronos da festa, nunca aceitarão que isso aconteça, porque de privilégios escondidos sabem eles administrar muito bem…

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