domingo, 25 de agosto de 2013

Batalhão 774, Companhia 771 - (9) ANGOLA

Nóqui ,era a localidade mais a Norte de Angola e que confinava com o Rio Zaire e o ex.Congo Belga - era uma povoação de interior e que não tinha grande pujança urbana, mas era um marco estratégico na defesa de dificultar a passagem dos guerrilheiros da UPA que depois se estendiam por todo o norte provocando o terror...no entanto Nóqui sendo um  local de passagem não era para a tropa portuguesa um local muito perigoso...Nóqui foi para mim e com certeza para muitos uma paragem especial que nos preparou para o ambiente Africano......




1 - O palácio do Governador estava em Santo António do Zaire, este era o palácio do Administrador (correcção do Alferes Araújo), bem bonito; 2 - Uma ida à fruta (equipa do BART 1922; 3 - O Tope visto de longe -  Nóqui com MATADI na fronteira (cimo da montanha)...

Nada do que a 771 encontrou, pode ser comparado ao " Puto" e isso foi um aliciante para levantar a moral da tropa que em cada "esquina"  encontrava sempre algo de novo - a caça era um hobby muito procurado e as distâncias enormes, confrontavam as portuguesas, onde em 60 minutos se podia atravessar Portugal até à fronteira de Vilar Formoso - num País destes, as distâncias eram enormes e qualquer deslocação levava dias a fazer - na época das chuvas, quando a picada fica cercada de atoleiros e as viaturas se enterravam até ao eixo, os braços dos soldados eram poucos para desembaraçar as viaturas - por vezes levavam-se horas nestes trabalhos e quando as pontes eram feitas com toros de árvores sem qualquer segurança, o malabarismo dos  condutores, que conduziam com o rodado em cima do toro que rolava e muitas vezes acreditei que cairiam na ravina, demonstrava a categoria dos portugueses que arranjam sempre uma possibilidade para desenrascar o que para outros seria impossível - os atascamentos das viaturas eram circunstâncias normais e marcha da coluna era imparável...

Continua nr. 10

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