quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Portugal é neste momento uma verdadeira anedota mundial...

O cofre português está “limpo” e os mandantes emigraram, como se não tivessem nada a ver com o assunto…oferecer ou dar o que é dos outros é fácil o que é difícil é ter liquidez para pagar os salários, resultados para reinvestir e criar riqueza que se veja.

A “ febre” do 25 e a sua génese de liberdade durou uns anos, mas paulatinamente foi descambando para a valeta e hoje, 20 de Outubro de 2011 é um campo de guerra onde mais uma vez o povo é roubado e os ladrões não prestarão contas à justiça, porque os pilares do Estado estão sem proteção e alguns até estarão sem tutela e a operar em “roda livre”… a “cáfila” que foi aplicada aos antes do 25 e que sem rodeios tinha na lapela o logótipo de alguns vigaristas que a PIDE “tratava com respeito e mãos de veludo” e alguns “pilha galinhas” que a GNR tratava mal, metamorfosearam-se num bando generalizado que saquearam o País como quem esvazia o ouro das ourivesarias – Portugal e os Portugueses estão à mercê do assalto e fora uns “lobos vestidos de cordeiro” que piam para não ladrar prometendo solidariedade para não morder, o povo está enquistado pela pressão de quem tem o desplante de se “candidatar” – a teia infernal aperta-se cada dia que passa e o povo esmorece ao olhar os “mortos” que jazem por todo o lado – em qualquer lado do mundo é crime conduzir-se um estado à falência, quer seja propositado, por incompetência ou por simples ingenuidade – o mirrado cofre português foi saqueado com promessas de baixíssimo teor político e hoje estamos no atoleiro que Salazar nunca teria permitido que existisse, apesar de existirem analfabetos que quando comparados com os de hoje merecem o altar do Altíssimo.

Salazar para encher o Terreiro e ouvir palmas, mandava alugar camionetas por todo o País e açambarcava o povo mais ou menos iletrado que não conhecia a Capital, emoldurando dessa forma a paisagem com o Tejo ao fundo – sem grandes dispêndios preenchia o item internacional de que o “Zé Povinho” o apoiava apesar de saber pouco de política, por isso estava autorizado apenas a votar na época das eleições em quem ele sabiamente determinava … Salazar era mesmo licenciado, era manhoso, tinha “ caco” e sabia mandar com (m) grande, por isso espreitou o negócio, não entrou na guerra, mas serviu ambos os senhores e com esse estratagema simples abarrotou os cofres com reservas reais e que faziam corar de inveja outros que apesar de terem roubado o que puderam nas Colónias mandaram para a morte milhares de cidadãos e desbarataram com sofreguidão bélica o que lhes custou pouco a ganhar – quanto ao resto do desenvolvimento Salazar sabia que Roma e Pavia não se fizeram num dia e por isso ronronava o Estado Novo e construía uma rede escolar que hoje está a ser vendida para o turismo rural – nos campos da industria fomentou uma armada de navios que demandaram portos de todo o mundo dominando com profissionalismo a cabotagem enquanto paulatinamente desenvolveu uma rede pesqueira onde Portugal pontuava como das maiores frotas do mundo – em redor destes pólos um desenvolvimento de apoio empresarial que ao tempo eram relíquias dos trabalhadores altamente profissionalizados e que sustentavam as grandes cinturas industriais das grandes cidades, floresciam como cogumelos e os resultados das grandes construções e grandes reparações ai estavam para quem o queria ver – não esqueceu a metalurgia pesada e com denodo e saber ao que ia edificou “reservas” que abasteciam as metalurgias com produtos manufacturadas de excelência comprovada – os estaleiros proliferavam e a bucha estava garantida.
Claro que Salazar sabia que o povo português é um povo rebelde, que não gosta de liderar, que prefere antes ser mandado e que tinha deficiências estruturais na sua raiz que o atiravam frequentemente para o setor primário e para o trabalho onde “partir pedra” era e ainda é uma das suas melhores especialidades – o Povo português tem uma matriz rural e ela tem prevalecido até aos nossos dias como se comprova, apesar de existirem algumas exceções que não resolvem a equação – precisa-se dum estado de mãos limpas onde a justiça funcione, não para mandar prender o pilha-galinhas, mas para refrear os ímpetos dos colarinhos lavados que possuem um arquipélago de manuais e cartilhas, o que lhes permite ganhar rios de dinheiro sem nunca terem trabalhado…

Sem comentários: