sábado, 3 de julho de 2010

Champalimaud, um capitalista que transformou o trabalho e a inteligência em armas para vencer





A erisipela ideológica levada a cabo por um senhor “cabo-de-guerra” rodeado de defesas dispostos em quadrado, táctica, claramente apoiada pelos patriarcas Aljubarrotinos, espalhou a confusão nos eleitores, que não sabem hoje quais são as posições ideológicas dos partidos em “batalha” – inesperadamente o mesmo acontece em relação à eleição presidencial, que decididamente ignora uma figura que embora controversa, representa uma parte substancial daqueles que apostam numa esquerda predestinada e que paulatinamente se tem vindo a proteger das viroses que o capital proporciona para os alérgicos que gostam pouco de dobrar o batente – os exemplos estão aí para quem os quiser examinar com a consciência tranquila e verá muito camaleão inchado e com a língua de fora, pronto a devorar o que quer que seja.

Um exército de camaleões percorre insistentemente o território para “encher a pança” e se isso for insuficiente exigindo uma rede colossal mais rentável, algo vai muito mal neste mundo onde se vendem ilusões a esmo e sem qualquer sentido ético que se oponha à invasão – se, se liquidou a ética porque não cabia nas margens da decência, se as responsabilidades entretanto assumidas continuarem a "criar dívida" e a inventar taxas e mais taxas e a aumentar impostos e mais impostos na procura de colmatar insolvências sucessivas, não tarda a aparecer uma “democracia travestida”, onde os políticos eleitos circularão acima do poder que lhes foi confiado e mais tarde ou mais cedo sentirão um impulso ditatorial que os guindará num abrir e fechar de olhos ao buraco negro do poder – um País, cujas personalidades dirigentes mentem descaradamente, se esfalfam em “golpes de rins” para descobrir ideias luminosas e caminhos iluminados pela sorte, espera necessariamente o milagre que convide ao golpe do poder caído na rua, à salvação nacional ou à ditadura que resguardada, espera ansiosamente pelo momento certo para dar a cajadada.
Um dos patriarcas e ideólogo assumido da táctica de como se devem “eliminar” oponentes e alcançar o controle pleno, expressou finalmente com sagacidade simplista que deseja, para salvar Portugal um Conselho de Ministros conjunto entre Portugal e Espanha para apagar de vez os malefícios duma política desastrosa e que conduziu os portugueses ao “pântano” depois do 25 de Abril – se em vez do caminho do euro a qualquer preço, da invenção administrativa das acções “golden”, da dívida colossal para apresentar obra e tivesse investido na compra de capital estratégico e com olhos de ver o futuro tivesse estruturado as posições “chave” com controle estatutário, enraizado nas empresas que alicerçam os estados com fundações difíceis de remover, talvez agora não reclamasse e pedisse para inventar medidas baseadas na esperteza saloia e em moralidades de interesses mal explicados, que como todos sabemos não passam de retóricas académicas dalgum estudante cábula e imaginativo.

O astucioso Champalimaud que deixou para a posteridade um manual de ensinamentos e um caminho profissional que “cheira” a suor de sovaco fresco, deixou também para a posteridade uma Fundação que ele próprio ganhou enquanto trabalhador e com isso minimiza os ganhos que obteve enquanto guru do capital, distribuindo pelos mais inteligentes um “dote” que atenuará concretamente alguns sacrifícios – esta é a diferença entre quem sabe o que quer do mundo e os que se aproveitam do mundo para fazerem o que querem – um tribunal imparcial com foro interno, talvez devesse colocar nos eixos a justa medida de se ser ou não irresponsável e talvez por esse caminho se refreassem ímpetos de vário tipo que proliferam, que se “julgam a si próprios” e estão armadilhados para protegerem o clã a que pertencem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Força Álvaro. Isso é que é inspiração.

Não tenho dúvidas que o Historial do R.C.Ílhavo vai ficar "de luxo".

Abraço

J.C.