quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A democracia permite “opinar”, mas a maior parte das vezes esse é um esforço que se concentra na “corporação” e não sendo vinculativo de coisa nenhuma produz enzimas que envenenam o sistema…

A seguir ao 25 de Abril de 1974 e já lá vão uns estafados 30 e tal anos, muito “boa gente” discursava permanentemente sobre os malefícios da “ditadura” tentando explicar o que era um “fascista”, como se houvesse uma definição predefinida, o que determinava a censura quando “amarrava” a inteligência e “sugava” a criatividade individual, mas passados todos estes anos essa “boa gente”que cantarolava loas sempre com a mesma origem fez desaparecer do imaginário político a generosidade que os portugueses sempre cultivaram – várias sondagens apontam com alguma fiabilidade para um desencanto que cresce a todo o momento quando se reconhece no terreno que o túnel é artificial e não oferece nenhum tipo de luz – se este túnel continuar no mesmo ritmo de endividamento (cento e cinquenta mil milhões de euros) e desbaratar a reserva de ouro (800? toneladas de ouro de 19 quilates) que a ditadura entesourou para amortecer “crises” para além da reforma do ensino que produziu “fruta sem bicho” e ainda continuar a cantar o “ lá vamos cantando e rindo” de cara risonhamente aparvalhada, aumentando o desemprego a cada hora que passa, os portugueses bem podem torcer a orelha até deitar sangue, porque agora nada se pode fazer para remediar os erros do povo, porque ele não só será vencido, como será trucidado no anseio das liberdades pela qual aspirava – descolonizar sem se perceber o que estava em jogo é uma inconsciência que marcará os portugueses para a vida, mas não saber administrar um pequeno país que possui um povo que outros deleitadamente aproveitam para progredir é uma infame-a que afectará para sempre os candidatos a dirigentes que tiveram a pouca vergonha de querer gerir o país depois da revolução.
Muitos dos erros inqualificáveis à luz duma interpretação objectiva e que acontecem no sistema democrático com muita frequência é a sistemática negação do voto popular e o consequente menosprezo das análises eleitorais onde é frequente constatarem-se afirmações de perdedores como se de vitoriosos se tratasse ou de tentativas de derrube de governos logo no segundo imediato à tomada de posse. Outro erro fatal é mentir sistematicamente aos cidadãos prometendo o que os “vendedores de banha da cobra” não ousam fazer, já que reconhecem que as verdades estão sempre à frente das mentiras e a banha nem sempre produz a saúde que apregoaram.
A experiência ideológica de “fabricar” um deserto à direita e à esquerda, a encenação do “saco de gatos”, o desespero do grito, ressabiado pela perda da maquinação que ansiavam alcançar, espirram uma verborreia caluniosa de “ extrema-direita” e de outros epítetos como se ali residisse o “ monstro” que é preciso aniquilar e sendo este tipo de planeamento, um plano político maquiavélico estudado por “ boa gente” para destruir, aniquilar, apagar e riscar do espectro os concorrentes, esquecendo o país por exclusiva ambição de perpetuação no “poder”, faz lembrar que estamos na presença duma espécie de mamíferos que ainda não tiraram da cabeça a “caça” para sobreviver, por isso teimam em viver em andares pensados, sozinhos e à parte e isso acabará por se ser enterrado por algum “coveiro” de serviço a viver na zona.

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