sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A "pirâmide financeira" é um "conto do vigário" que funciona sempre


A era do capitalismo” selvagem” morrerá, ou rejuvenescerá mais forte e mais ambicioso na passagem do ano, levando a democracia à morte?

Os “ilusionistas” com o calor da ribalta, acabaram por se tornar irresponsáveis e o ano 2009 será mais uma vez “um tempo” que levará “os mesmos” a fazer “bluff” com aqueles que acreditam sempre no” homem” que prestidigita o ”truque” com a mesma “capa misteriosa”, gasta, corroída, encardida e definitivamente com origem noutros lugares, noutros tempos e noutras gerações.

É inacreditável que o “filme” que se vê há muitos anos, continue impávido no controle da rédea dos “ poderes” e não seja demolido à pedrada, à cacetada ou à vassourada para fora da carroça de forma exemplar. Mas mesmo que os “ilusionistas” se convertam às boas práticas e prometam de mãos juntas promover a competência e a seriedade a partir de agora, a teia que está montada não deixará que a promessa se cumpra – o beco está bloqueado e só uma operação drástica de “mãos muito limpas” poderá colocar novamente o “comboio” em movimento consistente e fundamentado.
Os anos passam, as promessas depois da aniquilação da ditadura, são sempre as mesmas venham de onde vierem e a esperança vai desaparecendo para deixar um vazio atormentado que desacredita os portugueses que cada vez mais têm um túnel na frente que os empurra qual madrasta para uma diáspora de sacrifícios inenarráveis.
Com o declínio do espectáculo, 2008 deixa para 2009 um campo saturado de energia pronta a explodir e que faz antever nuvens carregadas e temporal de força ainda não quantificado – por força desta impetuosidade natural, as cabeças atónitas começam a entrar em pânico e aflitivamente não sabem o caminho para norte, por isso e exprimindo agilidade instintiva, iniciaram já um processo de destruição que se não for travado a tempo, irá causar mais angústia, mais miséria, mais desgraça e mais pânico – não se trata de demência interpretativa constatar factos, do que se trata é de constatar que os olhos são para ver, os ouvidos para ouvir, o tacto para sentir e a inteligência para interpretar.
Os “magos”em palco na passagem do ano, bem podem distrair os mirones com discursos, luzes, fanfarras e “bombas foguete” a esmo, mas uma coisa ficará para sempre bem gravada nas memórias – os tempos que correm são tempos de vigarice generalizada, bancarrota, recessão, muito descrédito, muito desemprego e muita angustia pelo papel desavergonhado e impiedoso como os portugueses são tratados na democracia que elegeram como primeira prioridade – precisa-se urgentemente que os mais aptos e esclarecidos, reflitam na avaliação que se exige e duma forma responsável os “estados”eleitos devem assumir as responsabilidades para as quais prometeram estar preparados.
É óbvio e transparente que muitos dos actores que andam por aí a “fazer de conta” são “oportunistas” orientados por técnicas de marketing, mas muitos existem que são sérios, competentes e justos e para esses, espera-se que o Ano Novo seja uma ocasião para “refundar” a soberania do mérito e dar a esperança a todos os portugueses que para alguma coisa, esta perigosa conjuntura serviu.

Sem comentários: