terça-feira, 11 de novembro de 2008

O sonho americano, continua vivo...






A América … sempre a América…

Os políticos continuam a desempenhar um papel crucial nas crenças e conseguem até fazer movimentações no sentido do voto, que por inesperadas, espantam pela singeleza com que o povo quer sempre acreditar, que desta vez é que é – é um fenómeno digno de registo já que nos anais da história ela sanciona a democracia onde quer que ela esteja.
Um presidente negro é um feito que só na América poderia ter acontecido com a facilidade com que aconteceu. É uma eleição que ultrapassa o espaço americano e se distende por todo o mundo – de facto este acontecimento é um fenómeno social com contornos quase místicos, revelando ao mundo que as pessoas querem acreditar que um “salvador” salve o mundo, perdido num mar de confusões e contradições. Esta eleição demonstra que todo os cantos do mundo estiveram atentos ao desenrolar dos acontecimentos como se do próprio país se tratasse. É um caso espantoso e que deve ter deixado os cépticos de boca aberta e um tanto incrédulos na maneira como a América ultrapassa os obstáculos à primeira vista intransponíveis. Muitos, teriam desejado outra coisa e teriam até desejado que a América implodisse na crise e rebentasse como uma bomba desfazendo em pedacinhos a sua enorme capacidade, ou então esperarão no mais profundo do seu âmago que este presidente Obama no futuro próximo se afogue no mar de problemas que tem pela frente, demonstrando à evidência que o “poder instituído” tinha razão quando alertava para a falta de preparação em entender que a América é um dossier demasiado complexo e que não se compadece com quem está agora a florescer nos mares insondáveis dos pensamentos abstractos e filosóficos.
Muitos, serão contra a forma como a América é dirigida, encarando sempre os acontecimentos internos e externos de forma autoritária e quando existe dúvida quanto ao que consideram “assunto vital” tentam esmagar quem se lhe opõe. A América é de facto um “pote de mel e fel”onde se mistura meio mundo e onde pode a qualquer momento abrir-se mais páginas de glória ou de violência gratuita e cega No entanto todos sabemos do caldeirão de oportunidades que pacificamente têm coabitado com êxito no mar imenso que é o território americano – se deixassem a emigração livre de peias burocráticas e quase impossíveis de ultrapassar, alguns países em órbita ficariam desertos – todos esperamos que o milagre americano da segunda guerra mundial volte a nascer com mais solidariedade, mais dialogo e mais vontade de progredir em conjunto.
A América tem pago e vai continuar a pagar uma factura pesada pelo poderio económico que cimentou, mas também sabe com clareza que enfrentará ódios e invejas que tentarão por todos os meios aniquilar a nação mais poderosa do planeta e para isso têm de estar preparados.

Obama talvez tenha dado uma indicação preciosa ao mundo ao “conquistar” a Casa Branca e fará com certeza reflectir muitos outros, no facto de que a Democracia é uma directriz política que se conquista todos os dias com muito trabalho, muita persistência, muita disciplina e muito rigor.

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